quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Matemática e Português, os grandes amigos da Física!

Veja só, o aluno não sabe quanto dá -1-(-1)/(-2) , se enrola todo para tentar chegar ao resultado e logo desiste. O pior não é isto! O pior é que ele está no ensino médio e acha: funcões, PA, PG, equações de primeiro e segundo grau,... extremamente difíceis. A Física, o aluno nem quer falar a respeito, ele não entende nada mesmo o que aquele "cara" fala!
Na verdade o aluno não sabe interpretar o que lê, quando tenta, logo parte para uma possível fórmula de Física, e é nesta hora que a matemática básica enrola completamente o aluno. Quando a Física começa a avançar um pouquinho (mais um pouquinho mesmo) e precisa de uma geometria básica também (ensino fundamental), o aluno também não sabe.
Enquanto isso ...
O Professor de Matemática de Ensino Médio, continua seu conteúdo com PA, PG, funções, Matrizes, Determinantes, ... , o Professor de Português aprofunda nos conhecimentos de Gramática, mas todos sofrem com o mesmo problema. Só que a cura deste problema que vem se arrastando por anos e anos está nas mãos destes profissionais, porém não depende somente deles. Sabemos que eles, no momento que estão lidando com estes alunos, têm um conteúdo programático a cumprir e por esta razão, tentam na "marra" ir curando (tapando alguns buracos) e muito mais conscientizando o aluno dos buracos que eles deixaram nos anos anteriores e da necessidade deles buscarem o conteúdo perdido.
Coitado do Professor de Física! O aluno não consegue entender o que lê, não consegue calcular nada, não percebe sua "doença acadêmica", e o Professor de Física, ou melhor, "aquele cara" que não tá com nada, que é um saco, não faz nem uma gracinha, fala sempre as mesmas coisas, do tipo: "vocês têm que estudar matemática e interpretação de texto, para poderem assim praticar os exercícios de física"; e ainda tem a fala secular de todo aluno "não sou só eu não mãe/pai, a turma toda não entende nada do que aquele cara fala!". Os pais (Graças a Deus que não são todos), nesta hora, esquecem que são adultos e incorporam "atitudes de alunos de outras gerações", até por que um dia também falaram as mesmas coisas, e que agora (também como seus pais) cobram que os filhos sejam diferentes.
Não vai mudar nada enquanto não nos conscientizarmos do quão importante é cada minuto acadêmico que o nosso filho vive dentro ou fora da escola. Mesmo cansados do trabalho, dos problemas, das contas, mas se não tomarmos uma atitude, os alunos vão passando pelas séries e os buracos vão crescendo, crescendo,... e vai ficando cada vez mais difícil resgatar ou até mesmo motivar este aluno a gostar de um determinado assunto, pois todos eles vão depender da interpretação de um texto e também de um raciocínio lógico.
O momento é dramático!
O Professor de Física já ensina um conteúdo completamente pré-histórico, o aluno vive num mundo séculos a frente de tudo que está vendo na escola, os buracos nas disciplinas básicas (português e matemática) ficam cada vez maiores, os valores vão se perdendo, o aluno/família passam a se preocupar com a nota e nunca com o conteúdo que está sendo ministrado na escola, ..., como fazer para ajudar este profissional?
Os assuntos abordados em cada série têm uma sequência, coerência, consistência, se existirem buracos, ficará impossível dar continuidade a vida acadêmica do aluno. Os professores se encontram cada vez mais sozinhos nessa batalha. Quando param para conversar e conscientizar o aluno, momento importante para o crescimento do aluno, podemos ter certeza que neste momento, este profissional estará dando um tiro no pé, pois o aluno vai justificar sua nota baixa e até mesmo o seu desinteresse pela matéria, dizendo para os pais, ou mesmo para escola, que não entende nada por que o professor fica conversando o tempo todo no lugar de ensinar.
Quando a escola toma a frente e coloca projetos para que se possa tratar essas "doenças acadêmicas", ou os alunos/pais não se interessam, ou quando raramente acontece de se interessarem, por qualquer motivo, faltam as aulas ou até mesmo desistem por alguma razão não acadêmica. Poucos são aqueles que reconhecem o problema e busca o tratamento e saem curados.
Coitado do Professor de Física.
Coitado dos Professores!

domingo, 18 de outubro de 2009

Terceiro Milênio!?!?!?!?

O que mudou até então?
Continuamos a ignorar uma série de descobertas científicas, já realizadas e comprovadas há mais de um século - a aura, por exemplo - geralmente associada aos espíritas e ainda denominada "aurea". O que constituem dois erros, pois tratasse de um assunto científico e não é relativo ao ouro, por isso não é áurea e sim aura.
As ciências que são praticadas nas escolas, quando atualizadas, param em fatos acontecidos há quase um século, ou seja os alunos conseguem detestar as disciplinas que estudam, mas nem sabem, que na verdade nada daquilo mais se estuda. Outras abordagens já substituiram as anteriores, ou mesmo já excluíram as anteriores, mas que eles mesmo assim têm que continuar a aprender desta forma. Será por isso que não conseguem ter motivação alguma para o estudo?
Ora, vivemos na era do iPod, do Terabite, do mundo microscópico, onde cada vez mais tudo cabe na metade da palma da mão. Mas daonde vem isso tudo, que ciência é essa que justificaria tantas diversões? Seria aquela que estudo com 3 ou 4 caixotinhos amarrados por cordas e presos a roldanas, algumas fixas e outras móveis ...
Sou Físico e sei da real necessidade de se começar por aí mas, acredito que esse deveria ser o menor tempo destinado, enquanto o maior tempo deveria se destinar a mostrar e mesmo motivar o estudo de uma física moderna que estaria sendo aplicada aos inventos com os quais estes jovens lidam no seu cotidiano - celulares, notebooks, orkut, blog, internet, câmeras, filmadoras, efeitos luminosos praticados nas casas de show, ...
O que fazer diante disso? Como o Educador e a Família deve reagir diante de tal situação?
Proibir o jovem de acesso a realidade em que vive como forma de castigo por tirar nota baixa na prova das questões dos caixotinhos?
Não seria isso fazer uma regressão espaço-temporal nas mentes dos nossos jovens, fazendo com que eles procurem entender algo com o qual não vão se quer visualizar no seu cotidiano e não permitir que aprendam, que seja pelo uso, a ciência da atualidade?