quarta-feira, 12 de setembro de 2012

COMO ENTENDER O ENEM????


COMO TENTAR ENSINAR UM CONTEÚDO PARA UM CONCURSO QUE NÃO TEM CONTEÚDO?

No ano de 2011 foi descoberto um material cujo índice de refração é expresso por um número negativo. Veja na matéria abaixo:


REFRAÇÃO NEGATIVA

1. Introdução

Em 1968, o físico russo Victor Veselago chamou atenção para o fato de que nenhum princípio fundamental proíbe a existência de materiais com índice de refração negativo. Mais ainda, Veselago demonstrou que as propriedades óticas de tais materiais seriam muito estranhas. Por exemplo, num meio com índice de refração negativo as frentes de onda se aproximariam de fonte de luz ao invés de afastar-se dela. O efeito Doppler também seria diferente – um objeto luminoso movendo-se para longe do observador pareceria mais azul ao invés de mais vermelho.
O fenômeno mais interessante previsto por Veselago aconteceria na interface entre um meio com índice de refração negativo e outro com índice positivo. Um raio de luz que incidisse sobre a fronteira entre os dois meios seria refratado para o lado “errado” da linha normal. Ao invés de cruzar essa linha, como ocorre quando ambos os meios têm índices de refração positivos (figura 1a), o raio permaneceria sempre do mesmo lado da normal (figura 1b).

Figura 1: Desvio do raio de luz ao penetrar num meio com índice de refração positivo (a) e negativo (b).

Os materiais propostos por Veselago – que ele chamou de materiais "canhotos" – despertaram bastante interesse inicialmente. Entretanto, o insucesso em encontrar meios com índice de refração negativo terminou por relegar a idéia ao esquecimento. Essa situação durou até o final dos anos 90, quando se descobriu que era possível produzir “metamateriais” com índice de refração negativo. Como o nome indica, metamateriais não são substâncias comuns – são obras de microengenharia, estruturas periódicas formadas pelo arranjo regular de minúsculos elementos metálicos. Radiação eletromagnética de grande comprimento de onda (muito maior que o tamanho dos circuitos) propaga-se por um metamaterial como se ele fosse um meio homogêneo, dotado de índice de refração. Escolhendo apropriadamente os componentes elementares (as "metamoléculas") é possível obter os mais diferentes índices de refração, inclusive valores negativos.
A produção de metamateriais renovou o interesse nas aplicações da refração negativa e deu origem a intensa atividade experimental e teórica. Parece ser possível, por exemplo, usar esses materiais para desenvolver superlentes muito superiores às lentes tradicionais. Uma aplicação ainda mais intrigante são os mantos de invisibilidade, metamateriais com geometria e índice de refração projetados para tornar invisíveis certas regiões do espaço.
Nós estudaremos aqui algumas das curiosas propriedades óticas dos meios com índice de refração negativo. Este texto é um "ensaio ativo", o que significa que podemos interagir com ele. Você verá que maior parte das figuras (aquelas que se assemelham a um caderno com espiral) podem ser modificadas com simples movimentos do mouse. É possível alterar dinamicamente essas figuras, deslocando objetos e mudando as propriedades dos sistemas óticos nelas apresentados. Essa interatividade foi conseguida produzindo as figuras com um programa de geometria dinâmica, o Tabulae, desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Trata-se de um assunto de ponta, que teve comprovação experimental no ano de 2011. Como ensinar tal conteúdo, se a física tradicionalmente cobrada nos concursos vestibulares de todo o Brasil, vai 300 aC - Arquimedes até no máximo 1900 - com conhecimentos sobre Eletromagnetismo?
Estes conteúdos tradicionais, apesar de serem muito amplos, matematizados e por vezes sem sentido prático no nosso cotidiano, eram claros e com isto os professores não tinham dúvida do que ensinar.
Agora ficam as perguntas:
1) Até onde o professor deve ensinar?
2) Devemos falar em conhecimentos pesquisados em 200aC por Arquimedes, porém aplicados amplamente até os dias de hoje, como Empuxo ...?
3) Devemos enveredar pelos assuntos mais contemporâneos como: Teoria da Relatividade Restrita e Geral, Física Quântica, ..., mesmo que o aluno não tenha as ferramentas matemática necessárias para que possam entender de verdade aquela teoria? Ou devemos falar destes assuntos só quanto ao aspecto fenomenológico, sem colocar qualquer fórmula para o aluno, pois este não entenderia sequer a simbologia matemática utilizada?
4) E quando mesmo estas teorias contemporâneas, já estiverem obsoletas, ..., falamos ou não falamos a respeito? Afinal não é para falarmos do que vem sendo aplicado no dia a dia?
5) Quando as Teorias se contradizem, as contemporâneas e as tradicionalmente ensinadas? Por exemplo, no ano internacional da Astronomia, algumas denominações foram reformuladas, cito duas delas: o satélite natural do nosso planeta - Lua - deixou de ser satélite e nosso planeta - Terra - também deixou de ser planeta, rsrs. É sério! Ambos passaram a ser denominados de PLANETA BINÁRIO TERRA-LUA. Você sabia? O que falar em sala de aula? Nos livros didáticos a teoria é outra!
6) Livros didáticos ... o que é isso para o ENEM? Se temos que ensinar uma física do dia a dia, este conteúdo não poderá estar contido numa página de um livro, uma vez que, o que está por ser descoberto em janeiro do ano seguinte, não poderá ser redigido, editado e publicado em março do ano anterior. É isso mesmo! O professor autor deveria prever o que vai ser descoberto no ano seguinte para colocar em seu livro, para quando ele fosse utilizado numa escola, seu conteúdo estar completamente em dia com a proposta do ENEM, e assim colocar uma questão sobre o assunto em sua prova. Só rindo!
7) Ainda tem escolas que dizem prepararem para o ENEM, adotando livros que tem estampados na capa "COM QUESTÕES DO ENEM" como se adiantasse alguma coisa revisar as questões que referente aos fatos que já aconteceream, quando não temos a bola de cristal para saber o que estar por vir.
8) Agora vem "um lance muito cabeça"! Só falando desta forma, quando uma banca coloca uma questão cujo assunto é referente aos últimos períodos de um curso de Bacharelado de Física e diz que o aluno vai conseguir responder por perceber que o assunto não tem nada com o que ele estudou, bem como as alternativas e que ele deverá então marcar a única alternativa que contenha palavras que tenham significado para ele. PASMEM - ENEM 2010!
A QUESTÃO


A "SOLUÇÃO COMENTADA"

Ainda vou revisar e continuar essa crítica.